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Móveis Coloniais de Acaju, Siba e Marcelo Jeneci – Abril Pro Rock Parte II

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DSC_3192Foto: Cecília Gallindo/RockinPress

Veja aqui a primeira parte

Chegando perto da meia noite, Jeneci entrou no palco ao som de “Tempestade Emocional”. Visivelmente mais magro, com a barba  à la Los Hermanos e os olhos pintados de azul, ele parecia distante do público e de sua própria música nos primeiros momentos do show. À medida que as notas de seu teclado e a belíssima voz de Laura Lavieri iam crescendo, o músico anunciado pela produção do festival como “um dos cantores mais celebrados da música atual brasileira” começou a se entregar ao entoar os versos da enérgica “Copo D’àgua”.

A Felicidade” mostrou, pelo sentimento colocado nos versos cantados pelos fãs, que todos querem dançar na chuva quando ela vem – mesmo se o próprio cantor não demonstrava compartilhar mais essa vontade com a veracidade colocada no CD.  O show seguiu em ritmo crescente com as canções do primeiro e único disco de Jeneci, intervalos instrumentais e a já tradicional homenagem a Roberto Carlos com O Astronauta” ganhando vida e voo marcante na interpretação de Laura.

Ao pegar o acordeon e dedilhar a introdução de “Pra Sonhar“, não houve mulher na plateia que tenha segurado o grito agudo. A euforia coletiva continuou com “Pense Duas Vezes Antes de Esquecer” e Marcelo Jeneci deu adeus ao público deixando-o satisfeito como havia feita na edição de 2011- mesmo que de forma muito mais discreta – quando ainda fazia parte da banda de Arnaldo Antunes.

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Foto: Cecília Gallindo/RockinPress

E da mesma forma que as coisas vão e voltam no Abril Pro Rock, o movimento local #OcupeEstelita foi pauta novamente no festival.  O “ocupe” tem como objetivo impedir a construção de um conjunto de 13 torres em uma área de antigos galpões no Cais José Estelita, área central da capital pernambucana. No ano passado, quem apoiou o movimento foi o cantor Otto e desta vez, representantes do grupo subiram ao palco logo após a apresentação de Jeneci.

Os versos de “Preparando o Salto” abriram o show de Siba, assim como iniciam o álbum mais recente do compositor, Avante, de 2012. A serenidade e confiança demonstradas pelo cantor logo no início da apresentação provaram que a decisão de trocar a rabeca que o seguiu por tantos anos com Mestre Ambrósio e depois com sua Fuloresta pela guitarra foi um acerto inegável. Assim como o carinho dos pernambucanos para com ele e sua música.

O brega contemporâneo de “Ariana” colocou todos para dançar acochadinho e, após a música, Siba agradeceu com “boa noite criançada!”. Ele dedicou ainda o show aos seus dois amigos “mais antigos e mais machos”: Roger (de Renor) e Paulo André (produtor do APR) e seguiu instigando os fãs chamando todo mundo para a  “A Bagaceira”. E todos cantaram com gosto “pode acabar-se o mundo, vou brincar meu carnaval (…) Que eu não fico legal com água mineral.”

Móveis Coloniais de Acaju, Siba e Marcelo Jeneci - Abril Pro Rock Parte IIFoto: Cecília Gallindo/RockinPress

O combo musical encabeçado por André Gonçalvez nos vocais chegou no grau e ritmo das apresentações dinâmicas da banda. Enquanto André regia a plateia e cantava as “tantas coisas pra lembrar, tantos filhos pra criar, dá-lhe shampoo anti-caspas”, a banda se desorganizava de uma forma harmônica e dançava tocando com gosto para o público pernambucano. Este, alías, é termômetro do grupo para testar músicas novas, segundo o saxofonista Paulo Rogério contou ao RockinPress após os how. No total, foram seis inéditas, incluindo a “Beijo Seu“, mais lenta que as costumeiras faixas do grupo e que, segundo André, fala de “beijos não dados”.Mestre Siba tocou ainda “Canto de Ciranda na Beira do Mar“, “Canoa Furada” e “Brisa“, entre outras, e deixou o palco do APR da mesma maneira tranquila e instigante com a aqual chegou mais de uma hora antes.  Aproximadamente às 02h45, foi a vez da última banda do primeiro dia do festival: a brasiliense Móveis Coloniais de Acaju.

DSC_4608Foto: Cecília Gallindo/RockinPress

A apresentação segiu no mesmo ritmo entre gritos da plateia de “lindo” e  “casa comigo!”.  André respondeu que “de Brasília até Recife, estamos aqui, gente!”, batendo do lado esquerdo do peito e seguindo com “Lista de Casamanto“. Vieram ainda “Tempo“, “Vejo em Teu Olhar” e “Sem Palavras“, sem para um segundo no palco. E no meio da faixa “Tão Natural”, teve até direito a solos de trombone, baixo, sax e da guitarra de BC, que se despedia da banda com seu último show. O pernambucao no meio de tantos brasilienses inseriu a introdução do famoso frevo “Vassourinhas” no seu adeus ao grupo.

Antes de sair do palco e voltar para o bis de quatro músicas, Movéis Coloniais de Acaju encerrou com de “Dois Sorrisos”. Mas ao voltar para o delírio do público, decidiram fechar oficialmente o primeiro dia do Abril Pro Rock descendo na plateia ao som da polca animada regida pelos metais.

DSC_4854Foto: Cecília Gallindo/RockinPress

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