Lista: Os Melhores e Piores de Maio

Nossa, que atraso, não? Sei que devemos essa nossa listinha já há uns bons dias, mas me comprometi a lutar contra o fim de período de faculdade, copa do mundo, a falta de pc e minha preguiça, trazendo finalmente minha ‘umirdi’ opinião sobre o que de bom e ruim rolou na música mundial. Devo frisar que o mês não foi dos mais inspiradores, mas também acredito que a decepção e o pior álbum nem foram merecidos. No fim, alguém tinha que pagar o pato, não só o Tiradentes

Menção honrosa:

Melhor Clipe

Curumin – Japan Pop Show

O melhor do clipe de maio é fruto de uma das mentes da chamada ‘nova MPB’. O vídeo é um curta-metragem que parece contar a história de uma mulher que foi sequestrada e acorda sem lembrar de nada. O roteiro é interessante e a direção é caprichada, com takes incríveis e fotografia soberba. É um daqueles trabalhos em que tanto o clipe quanto a música funcionariam muito bem sozinhos, mas juntos ficam perfeitos. Resumindo, é outro nível.

Melhor Música

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Arcade Fire – The Suburbs

É aquela coisa: Uns amam e outros odeiam. Eu preferi analisar essa música em separado, sem reflexos da discografia do Arcade Fire, e percebi que ela tem uma beleza ímpar, proveniente da simplicidade folk, junto com o arranjo orquestral que a rege. Em outras palavras, ela é muito abaixo da beleza do que a banda já mostrou, mas incomparável aos folks que ouvimos por aí.

Sem mais delongas, os 5 Melhores, o pior álbum e ainda, a maior decepção de maio foram:

5° Lugar

Tokyo Police Club – Champ

Esse álbum entrou de última hora, tirando a beleza folk que Karen Elson nos mostrou. Confesso que nunca havia escutado o Tokio Police Club. Algumas partes chegam a flertar com o emo (devido ao tom vocal e batida) e outras são um bom rock n’ roll, mas é do indie inteligente que gostei. Um álbum bem agradável e bom pra pista.

4° Lugar

Teenage Fanclub – Shadows

Já esse foi amor à primeira vista – ou primeira música. “Sometimes I Don’t Need to Believe in Anything”, a faixa de abertura do álbum, é um surpreende petardo convidativo, onde o ouvinte viaja pelas outras faixas mais agraciado e hipnotizado. Outras músicas também se destacam, mas existem algumas sem expressão que fazem perder o sabor da bolacha.

3° Lugar

Omar Rodriguez-Lopez & John Frusciante

Hipnotizante, influente, surpreendente e histórico. A união de dois dos maiores guitarristas do mundo em um projeto altamente lo-fi, rendeu uma curta bolacha instrumental, que acabou dando loops no meu player por dias. É incrível pensar que essa empreitada demorou dois anos para chegar aos ouvidos dos fãs, e finalmente somos agraciados com tal qualidade.

2° Lugar

The Dead Weather – Sea Of Cowards

Rápidos para compor, gravar e divulgar, a nova trupe de Jack White conseguiu a proeza de lançar um novo álbum ainda melhor que a estréia. Aqui a variação sonora não é tão drástica quanto na primeira. As letras são o de menos, as vezes com linhas mínimas, e o mestre White aparece bastante nos vocais, contribuindo no sucesso da empreitada. Nesse ritmo, até o fim do ano já teremos o terceiro álbum do The Dead Weather.

1° Lugar

Tulipa Ruiz – Efêmera

Admito não saber se devo acrescentar o Ruiz no nome da nossa cantora campeã, mas só o fato desse som bom vir de nosso país, já causa um orgulho fora do comum e a vontade de divulgar por todos os cantos essa música mágica e surpreendente. Tulipa juntou um punhado de músicos ótimos para ajudá-la na sonoridade de Efêmera, seu disco de estréia e melhor disco nacional lançado neste ano. Destacaria todas as músicas, mas as mais interessantes são a faixa título, “Só sei dançar com você” e “Pedrinho”. Seu timbre, a melodia vocal e as letras de fácil identificação, ajudam a compor esse grande disco, a ser lembrado por um longo tempo pelos amantes da música boa.

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Decepção do Mês

Omar Rodriguez Lopez Quartet – Sepulcros De Miel

É aquela coisa igual ao Foals mês passado. Você faz um disco genial e o próximo tem que ser mais cativante que esse, o que é bem complicado. A segunda união entre John Frusciante e Omar Rodriguez-Lopez não agrada por ser repetitiva e em alguns momentos irritar, como na última e penúltima música. Alguns samples já usados em outros projetos de Omar reinam na bolacha que simplesmente parece ser só mais um disco. Ele também guarda bons momentos, onde podemos ver Frusciante trabalhando timbres que não teve espaço enquanto era um dos Peppers, mas mesmo assim não convence. Uma pena.

Pior Álbum

Hot Hot Heat – Future Breeds

Acho que pior álbum soa um pouco pesado para os canadenses do Hot Hot Heat, porém realmente fica complicado ouvir a insistência deles em gravar um bom álbum, como o Make Up the Breakdown, de 2002. O som do grupo acabou taxado de indie mais do mesmo, pois não passou de repetição o que ouvimos nessa bolacha – talvez com ‘uma alegria a mais’ nas músicas, o que não deu lá muito resultado. Existe sim, uma música boa, chamada “JFK’s LSD”, e o resto não acrescenta em nada na discografia de ninguém, e de preferencia, nem deles mesmos.

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