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Sinewave Festival @ Audio Rebel, Botafogo-RJ 07/05/2011

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PhotobucketHerod Layne | Fotos por Marcos Xi | Mais Fotos no Nosso Facebook

A Sinewave é um selo que decidiu escolher um caminho nem tão fácil de ver valorização no Brasil. Então tudo passa a ser brigado e suado para fazer suas bandas e até o nome do selo andar por aí, nem que seja no boca-a-boca internético. Uma das formas encontradas pelos fundadores é a divulgação do Sinewave Festival: um evento que privilegia quem seja fã de música experimental, instrumental e/ou post.

Em sua quinta edição, o festival chegou ao Rio de Janeiro com gás e respaldo o bastante para arrancar as camisas pretas da gaveta dos cariocas e colocar um bom número de fãs no mini palco da Audio Rebel, em Botafogo. O evento, o todo organizado pelas próprias bandas em conjunto com a casa, trouxe 3 bandas do casting da Sinewave e a Avec Silenzi, banda local que abriu os trabalhos do inferninho.

O set cheio de músicas novas é bem balanceado e o som da banda mescla jazz com alguma influencias variadas. O público já conhecido do instrumental bem desenhado da banda já pedia músicas e brincava com os músicos. Foi um convite perfeito para quem ainda não tinha entendido a pegada do festival e estava a espera de novidades.

Photobucket S.O.M.A. | Fotos por Marcos Xi | Mais Fotos no Nosso Facebook

Em seguida, os paulistas do S.O.M.A., outro power trio, investiram em efeitos de guitarra e músicas crescentes para conquistar o público. Enquanto o baixista André Ross se contorce no palco no sentimento da música, o baterista Elvis Cantelli garante o seguimento e tempo da música de maneira criativa. Só o que atrapalha é que as linhas de baixo seguem progressões retas e acabam se repetindo em demasia, além dos pequenos erros de Elvis no decorrer das músicas. Mas empolgou bastante e por vezes foi apoteótico, como a execução da última música do show.

Talvez a mais esperada, a Sobre a Máquina sobe ao palco rodeada de incertezas do público e curiosidade dos músicos e jornalista que aguardavam seu início. Alguns fotógrafos a mais estavam ali somente para conferir o que seria o primeiro show da vida da Sobre a Máquina. Além do trio fundador, Cassius Augusto, da banda Dorgas, assumiu o baixo e dali começou uma viagem diferente do que os ouvidos estão acostumados. Sem bateria e lotado de samplers, a banda fez um show curto, abrindo com o novo single, “Barca” e voltando com as músicas de Decompor, primeiro álbum lançado ano passado.

PhotobucketSobre a Máquina | Fotos por Marcos Xi | Mais Fotos no Nosso Facebook

Indefinido o que saia do palco, só restava admirar os detalhes da música do quarteto. A batida seguia um linha hip-hop de velocidade extra reduzida, com os graves altos e guitarras viajantes. Cadu T. se entregava ao teclado com impeto o bastante para bater com a cabeça no instrumento e continuar a canção enquanto que Emygdio C. batia num ventilador estranhamente colocado no meio do palco. Resultado: ora repetitivo, ora confuso, mas em maioria genial.

Encerrando a noite, a Herod Layne assinava com profissionalismo e incrível presença dos integrantes a beleza da noite, tocando o que de melhor tinha na manga e trazendo todos para frente do palco. Arrancaram os mais calorosos aplausos do público. O sentimento de dever cumprido só não foi maior que a felicidade de ver aquele público curtindo um som que muitos diziam morto e que não existia no Brasil, mas agora vem conquistando passo a passo cada canto desse país cada vez mais rocker.

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