Home Resenhas Shows Resenha: Colombia Coffee e Macaco Bong @ Roqueadores, Realengo – RJ 23/10/2010

Resenha: Colombia Coffee e Macaco Bong @ Roqueadores, Realengo – RJ 23/10/2010

34
Compartilhar

Sair de casa em direção a uma balada ou um show, num sábado a noite, é normal para qualquer bom jovem. A diferença é onde você deságua o seu corpo. Finalmente fui conferir a tão comentada festa Roqueadores, que tem feito história na noite suburbana carioca, trazendo shows de grandes grupos como o Canastra, Superguidis e outros figurões da boa cena brasileira. Os eleitos da quinta edição da festança são Macaco Bong e Colombia Coffee, e além desses power trios, o dj Bj animou a noite.

Para quem chegou cedo, a susto de ver a pista vazia em plena às 23:30 da noite só não foi maior do que a quantidade surpreendente de figuras que entraram na casa de show de Realengo após a meia noite. Tinha desde os jovens mais antenados e hypados na música, até os de camisa com estampa do Motörhead, talvez pela disparidade no som das duas bandas que se apresentariam na noite. A primeira, Colombia Coffee, só entrou às 1 e meia da manhã, o que já cansava a espera por algumas pessoas que estavam ali mais pelos shows e não pela dançante balada. O Colombia Coffee, alias, é um combo com pegada firme na cozinha, causando uma boa surpresa em sua forma de compor canções.

Enquanto que a guitarra de Débora fica numa base mais apagada, o baixo do vocalista Caio explode os agudos como Peter Hook gostava de fazer no Joy Division, mas com uma pegada, virtuose e segurança espantosa, em construções melódicas inteligentes e sempre a favor do ritmo rápido da banda. Ritmo que tem nome certo: Dennis tem mão pesada na bateria e coordena as viradas de tempo em cada música. Rápido, consegue boas variações de batidas na música, como na frenética “Cine Ideal”. Destaque total para a ‘balada do apocalipse’  “Bons Garotos” e o recente clipe “As Coisas Que Ela Diz”, além do espertíssimo cover de “House of Jealous Lover”, do The Rapture. Claro, ainda há os pontos baixos, como a repetida utilização da mesma fórmula em certas músicas, fazendo com que se pareçam – coisas que o produtor Rafael Ramos já deve estar de olho.

Não muito depois das rodinhas punk adolescentes de Colombia, o peso rasgado do Macaco Bong invade o pequeno palco da casa D’ Lounge para começar uma sessão conjunta de apreciação musical e headbanger sincronizado. O trio já sobe ao palco com música nova e começa a exibir suas caretas já conhecidas, nascidas pelo difícil nível técnico que suas composições propõe, chegando a dar vertigem ao ver a elasticidade e precisão que os dedos de Kayapy conseguem exibir. As palavras poucas e tímidas, sempre ministradas pelo baixista Ney Hugo foram um pouco maiores dessa vez.

O alto grave explorado pela guitarra de Bruno fez com que a grande caixa Meteoro, valvulada e segundo um dos organizadores “de confiança”, pedisse demissão e desse lugar à preocupação de onde plugar a virtuose de Kayapy. Após 20 minutos de apreensão, os falantes que antes tocavam Arctic Monkeys e The Killers, comandados pelo DJ, ganharam a nova função de amplificador de guitarra, levando o estridente instrumento a todo o canto do recinto. Na volta, a falta da equalização correta dos pedais e da mesa de som, acabaram que não mostraram a melhor performance da banda, mas sem dúvida guardou grandes lembranças, como o grupo de amigos que estava na bera do palco fazendo o coro em “Vamosdahmaisuma”, e os stage dives non-sense que alguns figuras da platéia insistiam em tentar dar.

No fim, encontrar figuras como o pessoal do Duques (e amigos) e da Ponte Plural em pleno um subúrbio que a algum tempo nem cena musical tinha, supre qualquer problema que ocorre numa noite que começou chuvosa e terminou com casa cheia. A Roqueadores tem tudo para se tornar figura certa para vários encontros felizes e central de música boa. Lá vamos criando um novo filho na cena musical carioca, uma cena viva e cada vez mais forte e unida. “Alô Alô Realengo, aquele abraço!”

Compartilhar
Matéria anteriorMew Lança Primeiro Best Of; Conheça Tracklist, Capa e Ouça Música Inédita
Próxima MatériaVídeos: Local Natives, Unkle, Laura Marling + Johnny Flynn e Iron & Wine
Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

34 COMENTÁRIOS

  1. cara, mosh é uma coisa, stage dive é outra…
    crowd surf é outra…
    e se levar pela parada realmente é non-sense
    raro e bonito
    (Y)

  2. acho que só é bonito quando tem muita gente e realmente o cara consegue ser levado pela galera, não por apenas um figura que fica jogando ele pra um lado e pro outro, esperando que o pessoal o carregue por aí

  3. Saia de casa mais vezes, indo a lugares onde existam sentimentos e pessoas verdaderias e verás que o stage dive é uma das coisas mais belas do rolé… fikdik

  4. hahahahahahaha

    Aí depois eu vou no twitter do figura que crucifica minha resenha indiretamente por eu criticar o simples ato de pular em cima de pessoas que nada tem haver com sua ‘emoção’.

    “Saia de casa mais vezes, indo a lugares onde existam sentimentos e pessoas verdaderias e verás que o stage dive é uma das coisas mais belas do rolé… fikdik”

    Sim eu saio pois não, você nãome conhece. Sentimentos? O que você julga como sem sentimento? O primeiro show do Macaco Bong que eu vi teve MUITO sentimento, o segundo também e esse terceiro foi bem bom sim, cheio de pessoas verdadeiras e amigos que fazem essa festa bem rica para a cena independente carioca.

  5. Cara, relaxa… Além de algumas pessoas espalhadas, mas não menos importante, eu consegui ver que tinha uns três grupinhos que estavam REALMENTE curtindo e apreciando o show do Macaco Bong, UM DELES era o grupinho non-sense dos stage dives (mosh é outra coisa).

    Na boa, eu não sei se chegamos a machucar alguém, se machucamos, MIL PERDÕES SENHOR(A) MACHUCADO, mas na boa, duvido que os caras do Macaco Bong não ficaram feliz pela animação do povo.

    No geral, não crucifica isso não brow, era só alegria pelo show, pela festa, pelos amigos e pela bebiba (este último, com excessões) ;}

    Abrá!

  6. hahahahah cara, em NENHUM momento na resenha eu crucifiquei isso. Leiam bem, eu não to reclamando, tá escrito lá.

    Mas valeu, você foi o único com educação aqui. Vou acertar a proposta correta da diversão de vocês na resenha.

  7. Não acho que ninguém aqui crucificou sua resenha não, cara, apesar de achar o seu modo de falar dos stage dives e da “emoção” da galera bem de piá de prédio hypado, do estilo que destruiu a cena do rio, com suas aversões a palmas e sing-alongs, com paixão por baladas etéreas…

  8. Meu, sendo mosh ou stage dive eu acho foda pra caralho que a galera se mova assim! Isso mostra, como o Bernardo disse aí, que a galera tá em sintonia com a música, com a banda, com o que tá rolando e tá demonstrando loucamente através do stage dive ou mosh o que está sentindo.
    Na minha opinião nem importa se tem apenas uma pessoa fazendo, se o lugar tá cheio etc. O lance é se jogar no rock!
    Pra quem tá no palco isso é do caralho! Pra gente que é da organização também é do caralho ver que nosso esforço se transformou num dos símbolos do rock: mosh ou stage dive! Que assim seja!

    E Bernardo, eu tava bem atrás, não me machuquei e adorei.
    Aliás, meu sonho é dar um mosh, mas ser menina ainda me deixa receosa. =D
    Quem sabe na próxima vez eu subo em cima de vocês pra tomar coragem. =D

  9. “Não acho que ninguém aqui crucificou sua resenha não, cara, apesar de achar o seu modo de falar dos stage dives e da “emoção” da galera bem de piá de prédio hypado, do estilo que destruiu a cena do rio, com suas aversões a palmas e sing-alongs, com paixão por baladas etéreas…”

    Poxa Robs, fico emocionado com tanta merda dita junta.
    Primeiro que eu não disse que crucificaram minha resenha, lê bem o comentário que eu fiz que tá totalmente claro. “cara, em NENHUM momento na resenha eu crucifiquei isso. Leiam bem, eu não to reclamando, tá escrito lá.”

    E eu ainda tô com a Cyn, meu sonho é dar um mosh bonito sim. Vocês é que não souberam interpretar o que tá escrito no texto, e pelo visto, até nos comentários.

    Daí eu vou falar com a galera desses coments non-sense no twitter e todos se calam. Porque será?

  10. “Aí depois eu vou no twitter do figura que crucifica minha resenha indiretamente por eu criticar o simples ato de pular em cima de pessoas que nada tem haver com sua ‘emoção’.”

    Além de piá de prédio hype de balada vc é esquizofrênico tbm?

  11. E na boa, vocês estão discutindo por causa dessa frase mesmo?

    “mas sem dúvida guardou grandes lembranças, como o grupo de amigos que estava na bera do palco fazendo o coro em “Vamosdahmaisuma”, e os stage dives non-sense que alguns figuras da platéia insistiam em tentar dar.”

    Porra, dá até vergonha de ainda ler um comentário do tipo ‘galera bem de piá de prédio hypado, do estilo que destruiu a cena do rio, com suas aversões a palmas e sing-alongs, com paixão por baladas etéreas…’
    O que eu to aqui é exatamente para fortalecer e os caras tão reclamando da falta de interpretação deles?

    Assim realmente dá vergonha da cena.

  12. Ví seu blog numa pesquisa no google e vim parar aqui, não costumo postar comentários, mas vendo o que outras pessoas comentaram, decidi postar.

    Não fui ao show, nem do Rio sou, mas te digo, meu caro, você escreve muito mal, e é óbvio que a sua arrogância ao tratar a diversão do pessoal “non-sense” como uma mera bobagem levou estas pessoas a postarem…

    Bom, não te conheço e nem às pessoas que estão indignadas, só acho que você deveria ler mais resenhas, e aprender a ser um pouco menos arrogante e parcial em seus comentários.

    Abraços, continuarei a ler seu blog, acreditando na melhora dele!

  13. Marcos, você não pode dar o braço a torcer e admitir que se expressou mal? Cara, relaxa! Ninguém vai te crucificar se você se expressar mal não. Isso é normal, ser humano era, troca palavras, se exalta, sei lá!

    Acho que já apareceu um número notável de gente que entendeu a coisa “errada” como você disse. Será que estamos todos realmente entendendo mal e você realmente se expressou sublimimente?

  14. “Assim realmente dá vergonha da cena.”

    UAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUH
    AUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAU
    AUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHU
    AUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHA
    UHAUAUHAUAUHAUHAUHUAUHAUHAUHAUHAUAUHAUAUHAUHAUH

  15. Vou fazer o que os grandes meios fazem: ignorar. Afinal, o que era pra ser dito, já tá escrito. Agora cada um se expressa como acha que seu pensamento convém.

  16. MARCOS VOCÊ É UM BABACA, NÃO SABE ESCREVER E NÃO SABE ARGUMENTAR…

    TADINHO DELE GENTE…

  17. “Vou fazer o que os grandes meios fazem: ignorar. Afinal, o que era pra ser dito, já tá escrito. Agora cada um se expressa como acha que seu pensamento convém.”

    Cara, você é muito mais idiota do que eu poderia imaginar…

  18. Arrogancia + falta de humildade + ego inflado = Posso fazer resenha do que eu quiser e falar o que eu quiser do publico!

    Nota Dez pra vc champaz!

  19. Nossa pessoal…acho q o cara não falou tudo isso a e não ….ate curti a resenha …… mais ae ,,,quem deu o stage foi o Marcus ??? neheeheheheh

  20. genteen, fazer sexo sem camisinha é como brincar de roleta russa, dá um tesão danado mas um dia pode dar merda….

    ainda assim eu faço. avida eh assim tb, uns sentem mais tesão por certas coisas, outros não

  21. Cara, se você quer fazer “como os grandes meios fazem”, comece aprendendo a escrever direito.

  22. Aí, é como o Bernardo disse: cê se expressou mal, cara. A gente entende. Tenho um bloguinho de resenhas também e sei que é complicado, às vezes, escrever sem “magoar” ninguém, mas cê tem que se ligar que o lance é absorver a parte construtiva das críticas e melhorar sempre.

    Ah, e, cara, sério, conselho que te dou: seja sempre educado com a galera. às vezes parece que não, mas essas coisas de resenha tocam muito o coração das pessoas (das bandas, do público e dos organizadores). Acho que cê tá vendo isso hoje aí.

    Abraços e continue seu trabalho!

  23. Cara ate os caras do Macaco Bong agradeceram pela galera estar mandando ver pq o resto estava querendo era mais ficar rebolando o rabinho e mandando a banda sair do palco.

    Malditos moderninhos.

    Daniel a sua camisa do DON VITO E SEUS FOGUETES esta ficando famosa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here