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Resenha: +2 – Ímã

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2009-+2-capa-170Álbum: Ímã

Artista: +2 Moreno, Domenico & Kassin

Lançamento: 29/07/09

Selo: Luaka Bop

Myspace: http://www.myspace.com/morenodomenicokassin2

Rockômetro: 8

Domenico +2, Kassin +2 e Moreno +2 integram a Orquestra Imperial, “big band” que se apresentou no último dia do BH Music Station. Os três juntos integram, ainda, o projeto paralelo +2, que num esquema “x+2”, revezam a liderança dos álbuns; assim, têm-se Moreno +2 – Máquina de Escrever Música, de 2001; Domenico +2 – Sincerely Hot, de 2004; e Kassin +2 – Futurismo, de 2006.  Esse é o  primeiro cd dos três juntos, feito para integrar o novo espetáculo do Grupo Corpo, intitulado Ímã. Alexandre Kassin é baixista, e já tocou com grandes nomes como Lenine e Caetano Veloso, além de produzir os discos Ventura e 4, do Los Hermanos. Domenico Lancelotti é baterista da Orquestra Imperial, e antes já tocou com Quarteto em Cy, Daniel Jobim e Danilo Caymmi. Moreno Veloso, filho de Dedé e Caetano Veloso, tem a mpb correndo na veia. Afilhado de Gal Costa, compôs em parceria com o pai, músicas que foram gravadas por Caetano e Gal. Na Orquestra comanda a percussão.

Foto

Diferente dos discos anteriores do trio, Ímã não tem vocais. É um disco completamente instrumental, e carregado de um abstracismo (com o perdão pelo neologismo) e de um lirismo que só vendo – e ouvindo. Por ser um cd feito para compor um espetáculo teatral, as músicas seguem uma ordem lógica, que devem fazer um belo sentido ao se assistir. O que se ouve é uma mistura de sons conhecidos, como guitarras, violinos, baterias e percussões, com um intermediário som de cuícas e de um sinth, até o total desconhecido balafon (tipo de xilofone) e o MPC (tipo de sampler). Os três contam ainda com a participação de Alberto Continentino (baixo), Henrique Band (sax tenor), Marlon Sette (trombone), Altair Martins (trompete), Thiago Queiroz (sax barítono) e de três companheiros da Orquestra Imperial: Stephane San Juan (percussão); Felipe Pinaud (flautas e arranjos de metais); e Bidu Cordeiro (trombone).

Chorume é a música de abertura, que chega a ser trágica, até o ponto de interseção com Jogada Infantil, que me deu um sentimento de nostalgia (creio eu, efeito de uma flauta no fundo). A melancolia do disco está presente em Sopro, que me lembrou antigas bossa novas, e Quebrando um Galho, suave e doce. Deixa disso tem uma forte percussão e um toque eletrônico – que também pode ser observado em Padre Baloeiro -, seguida pela animação dos metais de Sol a Pino (que, junto com Jogada Infantil, é das minhas preferidas). Em Volta de Você é alegre ao ponto de me tirar um grande sorriso. A tão alegre quanto Zona Portuária fecha o disco com chave de ouro, e nos faz apertar o repeat do winamp para aproveitarmos mais uma vez essa aventura musical.

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