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MVTANTES ao vivo – Barbican Theatre, Londres, 2006

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O Mutantes faz parte da história da música nacional. Mais que isso. Fizeram parte de um movimento que entrou para os registros da história da música no mundo. Tanto que serviram de inspiração para artistas como Kurt Cobain e Beck. No Brasil não foi diferente, o Los Hermanos é uma das bandas novas que mais se aproximaram da sonoridade que Rita Lee, Arnaldo Batista e Sérgio Dias criaram nos anos 60/70 e ambos são atrações no dia 9 de outubro, primeiro dia do mega festival SWU.

Em 2006 quando anunciaram a retomada das atividades para uma apresentação especial em Londres, muitos se animaram e sonharam com o possível encontro da formação original. Porém Rita Lee acabou não aceitando o convite (assim como o baixista Liminha) e Zélia Duncan foi chamada para o show. Já o irmão de Sérgio Dias não recusou o convite e reservou o seu lugar no piano e na segunda voz, deixando o espetáculo quase completo.

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Mutantes – Baby (Ao Vivo)

O show poderia ter sido um grande fiasco, já que muitos estavam com dúvidas sobre o desempenho de Zélia Duncan. Mas no DVD é possível sentir toda a energia dessa nova formação e ficar emocionado com músicas clássicas como “Caminhante Noturno”, “Tecnicolor”, “Baby” e “Minha Menina”. A nação brasileira que cresceu ou aprendeu a ouvir Mutantes com o passar dos anos, nunca sentiu tanta inveja dos ingleses como nessa ocasião.

Uma turnê era inevitável e quando aconteceu em Belo Horizonte, no primeiro semestre de 2007, não tive dúvidas sobre sair de minha casa para assistir ao novo Mutantes. Sou novo demais para ter visto a banda na sua fase original e minha família tem um gosto musical duvidoso, o que nunca facilitou o meu contato com a banda. Tudo aconteceu por conta de uma amiga carioca que me fez perceber o quanto “El Justiciero” era a minha cara e que era um absurdo eu não conhecer/gostar do som. Me apaixonei de imediato. Durante a energética apresentação em Belo Horizonte, fui um dos primeiros a começar a gritar e pular quando eles tocaram a introdução da musica com um arranjo diferente.

Aquele show foi único. Ver o Arnaldo Batista sorrindo daquela forma, chegando até mesmo a arriscar flexões de braço no chão, foi algo para ficar guardado em nossa memória. Sérgio Dias destruiu na guitarra e fez absurdos durante o solo de “Ando Meio Desligado”. E Zélia Duncan assumiu o posto de vocalista com sucesso, conseguindo manter o seu espaço diante dos dois irmãos. Infelizmente a reunião quase chegou ao fim depois de um desacordo entre Zélia Duncan e Arnaldo Batista com Sérgio Dias, que assistiu o irmão ser demitindo mais uma vez do Mutantes.

Hoje o Mutantes não conta mais com a presença de Rita Lee ou Arnaldo Batista (seria épico se o trio resolvesse se apresentar juntos) e nem mesmo de Zélia Duncan, mas nem por isso se torna menor. Sergio Dias mostra que a maturidade faz bem para o rock n’roll e prova isso em seus longos e psicodélicos solos de guitarra.

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