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Matéria: Desabafo de Fã do Smashing Pumpkins

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Recentemente, temos mostrado aqui no blog notícias sobre a banda de Billy Corgan dizendo que fãs do mundo estão revoltados com a posição dos Smashing Pumpkins atualmente no cenário musical. Esse desabafo vem desde os shows e se tornam mais fortes com declarações polêmicas do vocalista e eterno egocêntrico Billy. Encomendei a uma fã, um post onde ela expressasse sua opinião e revolta. Acompanhe:

No ano de 2000, após uma turnê que terminou onde tudo havia começado, milhares de fãs se viram órfãos daquela que foi uma das melhores bandas da chamada “história do rock pós-grunge” – na minha humilde opinião, uma das melhores bandas e ponto final. Cada membro da banda foi “pro seu canto”, deixando um legado de cinco álbuns oficiais (descontando coletâneas, compilações, singles, boxes, álbum distribuído via internet e edições especiais) e uma incontável quantidade de canções memoráveis que serviram como hino, história de vida e desabafo de muitos.

Entretanto, ao menos para o vocalista, não era para ter acontecido assim; deixar o Smashing Pumpkins nunca foi o plano. Assim sendo, em 2007 a banda retorna reformada – saem a baixista e o guitarrista – e com um álbum novo. Contando com a ansiedade dos fãs e da mídia, foi feita uma propaganda maciça a respeito do lançamento do álbum que, no final das contas, desapontou muitos de ambos os lados. O motivo deste desapontamento foi, em parte, a excessiva (e por vezes cansativa) crítica ao governo e modo de vida do país de origem da banda (EUA). O título do álbum, a capa do próprio e dos singles, além, obviamente, das letras fazem parte daquilo que se tornou moda conforme decresceu a popularidade do anterior presidente do país.As músicas de trabalho eram de fato boas, as guitarras pesadas de algumas e a melodia suave de outras.

Partiu-se, então, para tão esperada turnê de regresso. Na medida do possível, descontando-se o incomensurável ego do nosso amado vocalista e a declaração de rompimento com qualquer gravadora, tudo correu bem. Já sobre a turnê comemorativa de 20 anos da banda não se pode dizer o mesmo. Permeada pelos lançamentos do dvd-documentário e músicas sob vias alternativas (Guitar Hero e comercial de carros), a turnê tem contado com declarações polêmicas de Billy Corgan. E é aqui que entra o desabafo.

Compreendo que uma banda sem gravadora precisa de métodos alternativos para o lançamento e promoção de suas músicas. Até aí tudo bem, agora, precisa mesmo apelar pra jogos de vídeo game e comercial de carro? “Que eu saiba somos uma banda alternativa. E isso quer dizer que fazemos uma coisa diferente do resto das pessoas. Incluindo aquelas bandas que fazem reuniões de regresso e só tocam as canções antigas”, desabafou Billy. Sim, eu jogo vídeo game e ando de carro, a questão não é essa. Oasis promoveu as músicas de seu recente álbum de modo bem mais criativo.

Outra frase que espetou os fãs, principalmente os mais antigos, foi “Com o Zeitgeist, percebemos que o público alternativo já não é alternativo. Por isso, se fizermos uma canção de 10 minutos, ninguém vai ouvir. Temos de fazer singles como ‘1979′, inventar canções que soem bem na rádio”. Tudo bem se ele quer agradar ao público novo – a despeito do fato de que, para os fãs, a banda é muito mais do que singles – ele, como todo outro artista, precisa vender.

Mas, onde estão essas novas canções como 1979 que até agora não tivemos o prazer de ouvir? Corgan se recusa a trabalhar com produtores como Timbaland, para alívio dos fãs; mas será que tanta personalidade não poderia nos poupar de dizeres polêmicos, atitudes contraditórias e do rumo um tanto quanto decadente que ele está dando àquela que já foi uma monstruosa banda de rock?

Por Luíza T.
do blog You Are Free

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

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