Passando pela Galeria do rock em São Paulo, você encontra pela bagatela de R$80,00 o novo disco do Hellbenders em vinil, lá na vitrine do terceiro andar (ou aqui). Barato ou caro, essa não é a discussão e nem o foco, mas sim levantar que esse é um dos discos mais importantes da cena stoner/garage do Brasil e que você deveria tê-lo ou ao menos ouvir.
Brand New Fear é o disco de estreias dos goianos e contém 10 faixas carregadas, que te prendem durante toda a audição. Disco pronto para quem é fã de bandas como Danko Jones, The Hellacopters ou até mesmo Turbo Negro. O grupo, formado por Diogo Fleury (vocal e guitarra), Braz Torres (vocal e guitarra), Vitor Noah (baixo) e Rodrigo Andrade (bateria), mostra que tem vontade, tanto que chamaram para a produção deste disco: Carlos Eduardo Miranda, GustavoVazquez e Fabrício Nobre – nomes mais do que conhecidos na cena.
Com os vocais rasgados e marcantes, a rápida bateria e os bons riffs de guitarras fazem o disco ser certeiro. As faixas que mais chamam atenção são as que o vocalista mais explora seu vocal, como “Escape Song”, “Hurricane” (que tem uma introdução muito boa) e a que nomeia o disco “Brand New Fear”. Ouça:
A CENA DE GOIÂNIA
Ao lado de Cherry Devil, Black Drawing Chalks e Johnny Suxxx and The Fucking Boys, o Hellbenders participa de uma das cenas de rock com mais pegada que rola por aqui atualmente, deixando para trás até mesmo o punk/hardcore paulista em questão de divulgação e conquista de espaço.
O circuito acontece nos envoltos da Construtora Musical e Fósforo Cultural e vem se consolidando cada vez na última década. A circulação por outros estados do Centro-Oeste fez com que isso se expandisse e se tornasse cada vez mais forte.
