O Rock in Rio Por Quem Só Viu Pela Internet

Como escrever uma resenha de algo que você não viu? Essa pergunta já foi respondida por jornalistas como Humberto Finatti, mas nós resolvemos pelo menos buscar no youtube. E ficou assim a nossa cobertura do Rock in Rio: 10 comentários sobre o que conseguimos ver lançados no site somente para não passar em branco o acontecimento.

23/09

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=IXUnWpT1Y_I]

1- Sacanagem é, depois de 5 shows no Palco Sunset, 6 horas de música ao vivo já rolando, fazer a abertura do evento no Palco Mundo. Puta desrespeito. Pior: Existe estragar uma música, existe piorar, existe jogar no lixo, existe destruir, existe o pisar e cuspir. Mas Milton Nascimento elevou (desceu de vez) o nível na horrorosa versão de “Love of My Life” do Queen. Aquilo foi uma tentativa de assassinato ao vivo! Quero meu dinheiro de volta!;

2- Paralamas e Titãs são sempre relevantes, em qualquer momento, com ou sem Maria Gadu, Milton Nascimento e orquestra. Ainda bem que ambos se concentraram em tocar seu hits, fazendo um puta show, porque se tocassem coisas de seus últimos álbuns, os sonolentos Brasil Afora e Sacos Plásticos, teriam sido mais vaiados que o Nx Zero;

3- O pessoal da Rumpilezz parecia que estar improvisando na hora e que não tinha ensaiado nada com o Móveis Coloniais. A Mariana Aydar mais pareceu uma coadjuvante de atração. Infelizmente o público era bastante pequeno, mas aquelas coisas nas mãos do povo deu um caldo interessante ao show. A versão de “Lucy in The Sky With Diamonds” ficou realmente boa e com a cara de todos os envolvidos;

4- O combo Ed Motta, Rui Veloso e Andreas Kisser poderiam fácil sair do palco do Rock in Rio e ir tocar em algum karaokê da Augusta. E isso não foi um elogio;

24/09

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=opKvM9hlGYw]

5- O Nx Zero tava mais perdido do que a própria organização do lineup. Fizeram um set curtíssimo, 100% vaiado e não foram espertos o bastante para colocar versões e fazer um set ininterrupto. Resultado: apanharam do público do início ao fim. E sejamos honestos: o Di Ferrero tem boa voz e fôlego, mas só será respeitado no nicho adolescente deles.

6- O Capital Inicial tirou onda. Até porque o público brasileiro é cabeçudo e burro. A mesma FM que toca o Red Hot e Capital Inicial, toca o NX Zero. Público burro, preconceituoso e volúvel.

7- Do Tulipão com a Nação poucos vídeos encontrei, mas o que pareceu é que as vozes do Jorge Du Peixe e da Tulipa não se encaixaram nem por nada. Espero que tenha sido só impressão…

25/09

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=lby_fBeuKXY]

8- Quem disser que o Glória estava deslocado no #RiR é porque não conhece o som da banda. A vaia é porque o público brasileiro é preconceituoso. Aposto que se os caras tocassem tudo em inglês, o público brasileiro ia olhar eles de outra forma. Fora que um dos melhores momentos da noite foi quando eles tocaram “Walk” do Pantera.

9- Dois pontos do show do Angra: 1- O Edu Falaschi foi a personificação da vergonha alheia tentando cantar visivelmente sem voz, sem fôlego e desafinado. Os falsetes davam nervoso de tão imprecisos que eram. 2- O violinista deles é da Família Lima. Apesar da história da banda, os fatos indicam que o Detonator e seu Massacration mandariam bem melhor, e isso não é piada.

10- Por fim, o Sepultura fez um bom show – para eles. As sucessões de músicas do novo álbum não empolgaram, mas o negão continua mandando muito no vocal e animando o público com um português bizarro. Pena que a transmissão corta exatamente na hora que o Jean Donabella começa a tocar a mortal “Territory”.