Resenha: Revival dos anos 90 – parte 1

Álbum: Stone Temple Pilots

Artista: Stone Temple Pilots

Lançamento: 25/05/2010

Gravadora: Atlantic Records

Myspace: /stonetemplepilots

Rockometro: 6,8 (melhora a medida que se repetem as audições)

Sou o cara grunge do Rock in Press. Maldito hippie sujo. Aquele cara podrão e farofeiro que em pleno tempos de bandas como Muse e Arctic Monkeys, ainda respiro os anos 90 e nomes como Pearl Jam, Nirvana, Alice in Chains, Soundgarden e Stone Temple Pilots (que sei que não é grunge mas é da mesma época).

Depois de uma curta e conturbada temporada na super banda Velvet Revolver, o problemático Scott Weiland se reuniu com os antigos parceiros e acabaram fazendo uma turnê que resultou no fraco Stone Temple Pilots.

O sexto album de estúdio da banda consegue mostrar o que eles tem de melhor: a voz de Weiland e as batidas pulsantes das músicas. Infelizmente o melhor do STP se torna repetitivo demais e que só ganha forças em canções individuais como o single “Between the Lines” ou na riff irada de “Hazy Daze” (que mesmo sendo um clichê do hard rock, consegue agradar bastante. é o velho mais do mesmo que todo mundo ama).

A cada nova audição o album soa melhor, mas quem é que quer insistir num disco que soou ruim no primeiro contato? E o STP ainda esbarra no problema das músicas serem bem parecidas, culpa da grande quantidade de solos, frases e riffs que a banda despeja sem dó ao longo de suas canções.

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Clipe de “Between the Lines”

Apesar disso, Scott Weiland e companhia conseguiram chegar perto de repetir o sucesso de faixas como “Big Bang Baby” no primeiro single. Se tem uma música que facilmente irá aparecer na minha lista de melhores do ano, ela tem o nome de “Between the Lines”. Bateria agressiva e extremamente pegajosa. Mais cara de sucesso impossível. Nem mesmo o fato dela soar como uma mescla de tudo que a banda já fez de bom no passado com “Stay Away” do Nirvana, tira os méritos do single.

Outras músicas como “Hickory Dichotomy” e a radiofônica “Dare if You Dare” também cumprem o papel de evitar uma catástrofe completa na segunda reunião mais aguardada de 2010. A primeira é a do Soundgarden. Conservador? Imagina.

Sei bem que o CheFí tem um posicionamento muito bem definido para o site e foram raras as oportunidades que outros estilos de música brotam nas páginas do RinP (que hoje em dia são muito concorridas), mas é preciso lembrar e dizer sempre que os indies de plantão não nasceram sabendo tocar os seus acordes e canções bonitinhas.

Durante muito tempo tiveram que frequentar a escola de dinossauros como o Stone Temple Pilots e outras bandas antigas para que um dia chegassem ao ponto em que se encontram hoje em dia. Pena que o novo trabalho dos “velhinhos” não coopera com o ditado de que panela velha é que faz comida boa.