Resenha: Nickel Eye – The Time Of The Assassins (2009)

Álbum: The Time Of The Assassins

Artista: Nickel Eye

Selo: Rykodisc

Lançamento: 27/01/2009

Myspace: www.myspace.com/officialnickeleye

Rockometro: 5,1

Nikolai Fraiture, cansado de esperar a volta de sua banda principal, o The Strokes, e de ver seus amigos lançando músicas e álbuns solo, resolveu investir na empreitada. Mesmo sem muita experiência nisso e sua quase inércia em cima de um palco, The Time Of The Assassins chega as lojas e aos ouvidos de blogueiros atentos aos vazamentos de disco pela internet. Mas…

O álbum começa com um riff de baixo e a música “Everytime”. De cara, se nota a falta de preparo vocal de Nickel Eye, o nome que Nikolai tomou para si nesse projeto. As músicas do álbum se baseiam numa batida marcada de bateria, um baixo fazendo riffs e um violão acompanhando. Em “You and Everyone Else”, envolta num rock sessentista, Nickel mostra uma música mais voltada ao pop e atrativa, mas nada muito interessante. Já “Back From Exile” consegue te prender, o refrão que repete o nome da música fica na cabeça, mas a música é a mesma fórmula repetitiva que já vem sendo abordada nas duas músicas anteriores e que será imposta no restante do cd. Na calma “Foutain Avenue”, Nickel mostra um lado quase folk aflorando, com uma belíssima gaita e muito estilo. No hit “Dying Star”, a melhor do álbum e com participação de Nick Zimmer, guitarrista do Yeah Yeah Yeahs, temos um rock vigoroso e dançante, estilo anos 60 e com uma guitarra bem viajante.

No Ska “Brandy of The Damned” vemos uma música viciante e de maior aceitação do público. Refrão pegajoso e uma boa levada, garantem o sucesso da música. A fraca e inanimada “Providence, RI” nos faz pular logo para a “Wher The Cold Wind Blow”. Armada de um violoncelo, não escapa da repetição exagerada que as músicas de Nickel Eye propõem. A música só melhora quando Regina Spektor entra com seu piano e dedilha uma suave diferença na canção. “Another Sun Afternoon” tenta nascer um folk ao estilo Neil Young de maneira gostosa, mas que se desmonta a primeira audição da voz de Nikolai na canção. Ele é baixista, definitivamente. E para terminar, “Hey Thats No Way to Say Goodbye” encerra com o mesmo vocal repetitivo e enjoado.

O álbum não é ruim, as músicas não são péssimas, o vocal não é o pior do mundo. Mas esse trabalho soa um tanto amador e correndo atrás da fama embutida no nome Strokes. Se Albert Harmond e Little Joy conseguiram fazer alguma coisa, parabéns, mas infelizmente Nickel Eye é um projeto que não foi muito feliz na sua concepção.