Resenha: Coldplay – Prospekt's March

Album: Prospekt’s March

Artista: Coldplay

Lançamento: 19/11/2008

Myspace: www.myspace.com/coldplay

Nota: 5,3

A banda anunciada como a maior vendedora do ano lançou recentimente mais uma empreitada musical em formato físico. Prospekt’s March é um ep formado por sobras de Viva la Vida, um remix e uma nova versão de “Lost”, agora com o Rapper Jay-Z se somando ao microfone com Chris Martin.

As 7 músicas (1 vinheta se soma) de Prospekt’s March não nos deixa fugir a mistura sonora que o seu álbum “pai” nos dá. Não deixa de ser um álbum fraco e sem atrativos que nos prendam a ele. Porém é gostoso de se ouvir como uma trilha sonora.

“Life In Tecnicolor II” é um excelente começo, um tanto promissor, a faixa é excelente e dá um gosto ao ouvinte de que coisa boa se seguirá, porém essa idéia é logo abortada com a vinheta ao piano chamada “Postcards From Far Away”, que é chata e vazia. Assim como “Glass of Water”, onde o refrão é ótimo, mas o resto da música é chato e desnecessário. Os teclados em alto volume e riffs de guitarra que me fazem lembrar a China, determinam o destino do álbum. Realmente Chris e companhia já andaram a fazer álbuns BEM melhores.

“Rainy Day” é uma música muito repetitiva, que mais parece um Remix de uma demo de início de banda. Novamente, os refrões é que salvam, com sua entrada imponente da orquestra. Mas a música é deveras chata, e a segunda vez que o refrão é tocado, apesar da solene voz de Chris, não dá mais para atuarar a música.  “Prospekts March”, a música, lembra de início as músicas do álbum que trouxe a banda definitivamente ao topo do mundo, A Rush (…). Essa música é boa de se ouvir, gostosa, bela e simples. Algo que faltava no disquinho dos Coldplay, mas que peca nos excessos de orquestrações, que podem danificar a apresentação, caso ocorra, da música ao vivo. Esse excesso nas cordas dos violinos e violoncelos, em sua maioria dos casos, se não for feito ao vivo e trocado por uma gravação, soa falso, o que os fãs definitivamente não querem ver no Coldplay.

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Clipe de Lost+, com Jay-Z

A música já não era das melhores, conseguiram piorar. Lost mais parece um remix indefinito e incompleto de uma música basicamente resumida em teclado e batida eletrônica. Chris capricha nas letras, na forma que canta o refrão, mas a banda não é só ele, esse single é muito desnecessário e acaba por manchar a banda aos olhos desse escritor maléfico, ainda mais com essa masterização um tanta estranha, quando entra o rapper Jay-Z e irrita os ouvidos dos ouvintes. Somente sua entrada, em contra ponto a voz de Chris que me irritou, seu rap se encaixou de maneira surpreendente na música. Válido o rap, abaixo a  música.

Seu blog também acho que “Lovers in Japan” se parece crucialmente com “Life In Tecnicolor II”, e ainda com a batida repetida de outras músicas. O Coldplay não precisava passar por isso, tentando se reinventar e buscando erros nos seus acertos para demostrar ao público a banda matura que Chris Martin acredita ter.

E “Now My Feet Wont Touch the Ground” encerra. Pronto, o blog passou vivo de mais um “estupro musical” em seus ouvidos.