Resenha: Ben Kweller – Changing Horses (2009)

Para terminar o ano bem, já vamos entregando o que você só ouvirá no ano que vem!

O garoto prodígio Ben Kweller se apronta para por na praça seu mais novo título de ineditas, Changing Horses só sai em janeiro do ano que vem, mas a internet já nos dá um pitaco da maravilha que temos em nosso computador.
Digo maravilha, por que o cd é de uma beleza folk rustica fascinante, alguma faixas já haviam sido lançadas num EP deste ano chamado “How Ta Lookin Southbound”, que foi o prelúdio desse álbum e igualmente maravilhoso.

O cd começa com Gypsy Rose e seus poéticos versos. De um folk intimista, muito mais focado ao country, a faixa é apaixonante. Seu vocal mais soado e o violão com dedilhado e slides nos fazem lembrar de Neal Young e com isso convida o seu autor e a todos a ouvirem o restante do cd bastante impolgado.
A suavidade emocionante de “Old Hat”, a segunda faixa, contrasta com a força de Fight, a faixa seguinte e a primeira do ep lançado esse ano. Fight é daquelas que o público canta junto o refrão e bate palmas ao som do solo de teclado executado com maestria por Ben.
Em Hurtin’ You Ben peca pelo excesso de slides, o que de fato se repete por todo o álbum deixando a obra um tanto repetitiva.
Ballad of Wendy Baker e Homeward Bound, mostra que até de falsetes Ben se monta para fazer você se emocionar. Com uma belíssimas letras e muitas doses de solidão, essas faixas soa como a trilha sonora do seu fim de namoro.
Também vinda do ep deste ano, Sandust Man é a melhor faixa das duas abras que a abrigam. Nela se Ben bem se multiplicar na frente do microfone. Ben é o vocalista, Ben é o excentrico que fica gemendo, Ben é o backvocal, bem… A produção, vale frisar, é impecável, até a ordem das faixas foi miraculosmente pensada.

Com o passar, as faixas se parecem, com o já citado excesso de slides e batidas repetidas, mais um lado que o álbum peca.
A trinca animada de “Wantin’ Her Again”, “Things I Like To Do” e “On Her Own” faz esse autor, já meio baleado da viagem sonora, se sentir nas estradas da vida, naquele carro conversível que viu no filme dos anos 80 e uma bela moça (no caso, a filha do Steve Tyler) ao lado e o mundo correndo em minhas mãos no volante da Infinite Highway (eu não sei dirigir, então APERTEM OS CINTOS!)

(O álbum ainda não tem data certa pra sair, selo e nem nada, só nome)

Nota: 8,2