Listas: Os Melhores e Piores de Julho

No mês passado, nós nos deparamos com uma chuva de vazamentos que com certeza mudarão opiniões sobre diversas bandas ou gostos pelo mundo afora. Digo isso, tamanha a qualidade e quantidade de material que chegou aos ouvidos internéticos de qualquer cidadão antenado ao que acontece na música e fissurado por uma nova e viciante canção em seus fones de ouvido. Meus amigos, contemplem os melhores do mês de julho:

Menção honrosa:

Melhor Clipe

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Coldplay – Strawberry Swing

Repetindo o feito de janeiro, o Coldplay emplaca mais um clipe como o melhor do mês. Sem dúvida, alguém que grava um clipe com giz de cera no meio da rua merece uma boa atenção, mas a qualidade apresentada no vídeo chega a espantar, sepultando qualquer chance de outro clipe ocupar esta posição.

Melhor Música

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Arctic Monkeys – Crying Lighting

Tirando o clipe com a qualidade dos efeitos um tanto contraditória, os cabelinhos toscos dos músicos e minha evidente e pessoal decepção com o álbum dos Monkeys, essa música é do caralho. Surpreendente, deixa muita água na boca dos novos fãs, e quem sabe, um dia será compreendida pelos groupies de vanguarda.

Sem mais delongas, os 5 Melhores, o pior álbum e ainda, a maior decepção de julho foram:

5° Lugar

The Dead Weather – Horehound

Pesado, sujo e inteligente, o álbum não é a melhor maravilha para as pessoas que já conhecem os trabalhos que levam o nome de Jack White, já que de longe reparamos que essa é sua mais fraca empreitada, mas não deixa de ser boa e conter músicas realmente interessantes, mesclando desde Dub, Hip Hop e a sensualidade de Alisson, com o peso da bateria de Jack e o resto da banda.

4° Lugar

Jennifer Lo-Fi – J Lo-Fi Ep

Daí você vai bater o pé e reclamar que estamos protegendo a banda e é só um ep, e não é um álbum completo. Olha, nesse link aqui, você baixa o álbum. Neste outro link você lê a resenha do show deles. Nesses você vê o clipe de “F For Fake” e “Michael Caine“. A maior promessa da música brasileira começa exatamente onde ela mais falta: coragem para experimentar e ser único no seu país. Jennifer Lo-Fi.

3° Lugar

Julian Plenti – …is Skyscraper

Daqui para frente, só grandes álbuns, e certamente, esse poderia ocupar o primeiro lugar em qualquer listagem de melhores do mês. Paul Banks surpreende, mostrando uma sonoridade original e que não é uma simples continuação de sua banda principal, o Interpol. O Skyscraper parece ser o grito verdadeiro de um músico que vai além do microfone, mas sim no seu sentimento.

2° Lugar

Florence And The Machine – Lungs

Ao que parece, Florence Welsh veio para roubar a cena e levantar a taça de maior revelação do ano. O álbum pode até se tornar confuso na primeira audição, mas com o passar as faixas ganham cores, e os arranjos denotam os detalhes impressionantes que sua produção abrigou nas curtas músicas, além de claro, a originalidade imposta na empreitada. Se não fosse a forte concorrência, seria fácil o melhor do mês.

1° Lugar

Mew – No More Stories…

Uma certa decepção tomou conta de mim quando ouvi as músicas pela primeira vez. Uma bolacha um tanto mais ensolarada que a discografia do fabuloso trio dinamarquês chega a assustar, mas não quer dizer que a qualidade deve cair. O álbum soa uma curiosa mistura do segundo álbum da banda, Half The World Is Watching Me e seus momentos mais alegres, e o último álbum da banda, o experimental e ótimo And The Glass Handed Kites. Essa fabulosa mistura trouxe músicas que se tornam vício fácil como o single “Introducing Palace Players”, até a rápida “Repeaterbeater”. Vale citar também a sensacional “Silas The Magic Car”, a mezzo eletrônica “Tricks” e algumas canções mais. Simplesmente, sensacional.

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Decepção do Mês

Arctic Monkeys – Humbug

Eu sei que muitas pessoas tentarão me crucificar e que outras me ligarão com ameaças de morte, mas eu, além de já não ser fã dos macacos, fiz a burrada de criar uma certa aflição pelo vazamento da bolacha, que esperava ser no mínimo ‘soberba’ tamanha qualidade da música carro-chefe: “Crying Lighting”. Definitivamente, o álbum não chama a atenção, soa apagado e sem muito o que oferecer, além de menos de 40 minutos de somente ‘boas canções’. Ainda digo que “Conerstone” é ótima, mas o restante passa desapercebido. Uma pena, quase conquistaram um novo fã. Quase.

Pior Álbum

Sugar Ray – Music For Cougars

Não sei se o maior erro da banda foi anunciar a volta ou resolver gravar um novo álbum, mas que a merda foi feita, sim, ela foi. A discografia da banda já não apresentava nada muito interessante nos últimos anos, Music For Cougars não vai mudar isso. O álbum põe um pé no hip-hop e anuncia que a banda é mais um barco que já nasce afundado, como diversas bandas que voltam e se separam como se isso fosse a nova moda em Paris.

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Esta semana ainda tem o Resenhão dos álbuns de julho

Para ler os melhores dos outros meses, clique:

Janeiro
Fevereiro
Março
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Maio
Junho