Entrevista: Letícia Persiles, Vocalista do Manacá

– Toc Toc! Com licença, pode entrar?
– Olá! tudo bom?

E nessa simplicidade e amizade que entramos no camarim do Manacá no último dia 7 no CCBB para conversar com Letícia Persiles, vocalista e a Capitu na minisérie da globo com o mesmo nome.
Num triângulo de 2 metros por 2 ou algo assim, mais 3 amigos meus, 2 fãs, um banheiro, 4 amigos pessoais de Letícii, a banda entrando e saindo, a mãe de Letícia e nossa querida vocalista e atríz passando hidratante na pele… O que aconteceu? Somente 30 minutos de papo, tendo só 20 com um amigo de infância de Letícia que contou podres dele e o porque agora ele se tornou o Wolverine (?).
E todo esse clima só resultou em uma coisa. Senhoras e senhores: Letícia Persiles do Manacá.

Letícia vestida com a roupa de Capitu no show

O que houve com “Meu Amor”?
O “Meu Amor” é uma música que entrou naquele cd demo (cd lanaçado em 2007 para divulgação da banda, já esgotado), mas não entra mais no repertório porque essa música o César (guitarrista) fez a muito tempo atrás antes do Manacá existir, então ele trouxe e acoplou essa música no repertório. Quando a gente começou a fundamentar melhor o conceito da banda e tudo mais ela ficou perdida e fora do conceito. Não faz muito sentido, ela é diferente de tudo.

Vocês tocaram uma outra música no show, ela vai sair em Capitu?
A penúltima música é Lua Branca de Chiquinha Gonzaga.

E ela vai entrar no cd? Ou só pra no ao vivo?
Não… A gente não gravou. A gente teve essa idéia agora a pouco tempo. “Vamos tocar a Lua Branca?” aí ficou!

(durante a semana, estive conversando com César e a banda esteve em estúdio ensaiando quinta)

Então vocês estão tocando 2 covers?
A gente toca Canto de Ossanha de Baden (Powell) e Vinícius (de Morais) e a Lua Branca de Chiquinha Gonzaga.

Manacá em ação no CCBB – Rio de Janeiro

E quais músicas vão entrar em Capitu?
Eu não sei as músicas que o Luiz (diretor da mini-série) tá botando na trilha sonora. Na chamada tem Diabo e Desejado e eu acho que vai ter Lamento também.

É engraçado como as coisas estão se encaixando. A minisérie, as músicas… Caiu numa época bem louca, acabaram de gravar o cd e chamaram para gravar a série. Você pretende gravar alguma outra coisa? Uma outra série ou uma novela? Tá pensando em gravar? E malhação???
Não, não tem nada. Não sei, se quer me convidar é? (risos) Olha, ninguém me convidou não, mas a probabilidade de gravar Malhação é zero! (o elenco da eterna série já foi definido para a próxima temporada, por isso que ela não vai)

Com o lançamento da série, o cd já deve estar saindo? Já tem single, clipe do novo álbum ou capa?
Nada ainda, mas acho que já deve sair.

(Nesse instante entra um amigo de Letícia chamado Jackson, vulgo Wolverine, que contou histórias e momentos pessoais que não podem entrar aqui por causa do horário e censura…)
(No meio do amigo falando, entra Michel Melamed, que tocou junto com a banda no show, pessoas da banda, roadie, músicos convidados, isso tudo naquele mesmo cubiculo. Num revezamento de entra e sai emocionante. Pena que não tinha ar condicionado…)
(O Wolverine se despede, e parabeniza pelo novo filho… Letícia diz que é um menino e que ainda não tem nome, Wolverine sujere Matheus e Letícia anota, ela está grávida de 8 meses.)

Resgatando uma foto de Letícia lá no festival Calango de setembro de 2007

Eu estive acompanhando o show da cantora Mallu Magalhães no Morro da Urca esses dias, ela teve o mesmo produtor que vocês (no cd) que foi o Mário Caldato Jr. e a diferença entre os cds é que com ela perdeu a simplicidade e com vocês ganhou-se em detalhes. Qual foi a maior influencia que ele (o Mário) colocou no álbum de vocês?
Nenhuma. O Mário é superlegal nesse sentido, se a banda está daquele jeito, ele vai gravar daquele jeito.

E a entrada do acordeon, da rabeca?
Foi um pedido nosso, um pedido da banda. Quando a gente entrou (na gravadora) a gente pediu “olha quando for gravar, queremos um acordeon, uma rabeca e um cello” porque a gente sempre quis, mas nunca tivemos dinheiro para pagar na gravação. No show a gente paga o cachê deles com o dinheiro do show, mas pra gravar não tinhamos como pagar a diária de gravação e ninguém reclamou, todo mundo achou legal, o Mário adorou.
O Mário nem sabia o que é uma rabeca! “Ruabéca”. O Mário tem um sotaque fortão! Ele enrola a lingua! Por incrível que pareça, ele é brasileiro, mas ele viveu fora a vida inteira. Ai voltou agora, parece que voltou ontem, só que ele fala com um sotaque muito engraçado, aí ele fala “Ruabéca?”

Não deixe de acompanhar o especial Manacá! durante essa quinzena, fique ligado no blog que tem muito mais ainda!

E aproveitando, deixe uma pergunta para a banda que ela responderá aqui mesmo, no blog! Fale qualquer dúvida ou curiosidade que a próxima entrevista será feita com essas perguntas! Mas ande logo! Poste aqui, ou mande por email para rockinpress@yahoo.com.br !