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Ainda no processo de finalização de seu homônimo EP (2015) de estreia, Rodrigo Marinho começou a compor novas canções, e algumas delas, fazem parte de Sombras, seu disco de estreia.

“O Sombras surgiu de uma necessidade de me colocar de fato como artista. O trabalho anterior não refletiu o que eu queria e eu precisava mudar, pra poder mostrar alguma coisa, de fato, minha.” Escrevendo uma nova trajetória, com composições mais maduras, o músico decidiu mostrar esse novo material aos amigos Victor de Almeida e Joaquim Prado. Os três passaram a arranjar e produzir. Marinho gravou voz e bateria; Joaquim tocou guitarra, baixo e synth; enquanto Victor ficou com a guitarra, com participações de Bruno Rodrigues no baixo, Pablo Gustavo no teclado e Daniel Nunes no vibrafone.

Lançando um olhar, que tenta ser otimista, sobre o futuro, as oito faixas, refletem sobre a dureza do presente e o que já não é possível mudar, dentro dessa realidade. Caminhando entre rock alternativo, o new wave e o indie experimental, Marinho apresenta synths que passeiam pelo pop, dando ao seu som, uma leveza, e até mesmo, a possibilidade de dançar, ainda que as melodias sejam soturnar e as letras reflexivas.

A faixa que mais chama atenção dentro desse trabalho é “O Que Virá”. Trazendo a ideia de como é estar, olhando para o presente sabendo que o hoje não bastará, que é preciso fechar os olhos para ouvir. Há ainda a descrença de “Sombras”, o niilismo de “Colecionamos Danos”, as tentativas de uma declaração de amor em “Coragem” e “Vai Amanhecer” como uma possibilidade de ver esperança nesse futuro que vem vindo, depois que as sombras passarem.

Rodrigo assina a produção do álbum junto de Victor de Almeida e Joaquim Prado (também responsável pela mixagem e captação).

Marinho – Sombras

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