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Rodrigo Amarante faz show frágil em São Paulo @ Sesc Pompéia 28.09.2013

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Rodrigo Amarante

Em mais uma noite gelada da primavera paulistana é que o Sesc Pompéia, localizado nos limites entre Perdizes e a Barra Funda, recebia o show de Rodrigo Amarante pontualmente as 21h30 do sábado, noite mais do que prometida.

Rodrigo entra sozinho em palco e nos primeiros acordes do seu violão dá um sermão no público “Eu disse isso em outras noites, vai filmar ou vai assistir?” o que não foi o bastante para a cultura das telas acessas e mal educadas do público paulistano, que continuou a filmar, conversar e olhar o Instagram no decorrer da noite.

Como já dito na cobertura do amigo Lucas Reginato na Rolling Stone (sobre a primeira noite de três) ali ocorria uma apresentação ímpar, diferente das experiências que Amarante enfrentará com os Los Hermanos, Little Joy ou Orquestra Imperial, estava estrelando seu show solo que teve ingressos esgotados para todas as três noites, apesar do público ser de pequena expressão.

Com “Irene” é que abria seu show, e com essa canção carregada é que descobríamos a simplicidade que seria a noite. Sem muitas explosões e animações – assim como o disco – o tom seria coberto apenas por dois holofotes em cima dele enquanto e um spot de luz para cada músico, quando necessário.

Gabriella RibeiroFoto: Gabriella Ribeiro

A banda, Rodrigo Barba (bateria), Gabriel Bubu (baixo), Gustavo Benjão (guitarra) e Lucas Vasconcelos (teclado), subia e descia em palco para acompanhar o cantor nos momentos certos, mas sempre timidamente, a percussão não era o foco por esses dias.

“O Cometa” foi uma das canções que mais emocionou e foi talvez o primeiro diálogo com o público, para explicar que aquela canção foi escrita em homenagem ao poeta Ericson Pires, que “estava entre nós”.

“Mom Nom”, “Fall Asleep” e “Cavalo” prosseguiram o show, essa última meio que perdida e estourada nas caixas de som, mas que mostravam que podiamos esperar apenas canções do disco nesse dia. Uma ou outra música apareceu, sendo uma delas bem próxima da sonoridade do disco “4” da tão aclamada ex-banda do cantor.

O público muitas vezes pedia canções de outras épocas, ignoradas por ele já que o foco ali não era esse. “I’m Ready” foi com certeza uma das mais trabalhadas e se mostrou ainda mais interessante em palco. Ao contrário de “Hourglass” que perdeu seu rico minimalismo, deixando a desejar.

De toda a apresentação, o mais interessante e ovacionado foi um cover de Tom Zé de “Augusta, Angélica e Consolação” – o que também deu abertura para Rodrigo comentar seu amor pela capital paulista e dizer que “deveria mudar para São Paulo…” e seguir com “Evaporar” também composta por essas terras também.

Aplaudido nos momentos certos, o show se encerrava com grande contentamento do público, Amarante fez um show que não surpreendeu, mas que trouxe o esperado. Provavelmente surpresas não eram objetivadas pelo cantor.

2 COMENTÁRIOS

  1. Não achei o público tão mal educado assim. As pessoas que estavam até uns dois metros de distância do palco, pelo menos, estavam bastante concentradas no show e ninguém conversou em momento algum. Também não acho que Hourglass tenha deixado a desejar. Longe disso. A música até quebrou um pouco a atmosfera super intimista presente até então, criada pelas músicas anteriores (não que isso fosse algo ruim, estava tudo impecável).

  2. Resenha é sempre algo muito pessoal, por isso quis fazer desse modo que beira o íntimo. De onde estava a galera conversou, ficou falando da época do Los Hermanos e ainda ficou no instagram. Foi bem chato.

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