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Resenhando: O Terno no CCBB-RJ (08/01)

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Soam três sirenes, a luz se apaga e sobe ao palco um trio de jovens mirrados. Primeiro o baixista, com seus óculos escuros, seguindo dicas dadas em “The Wonders”; logo após, o baterista e o seu jeito de roqueiro clássico de filme, cabelo grande, um mustache marcante e uma cara de insano; fechando o terno de estereótipos: um nerd a lá “Juno” e “Scott Pilgrim”. Se a Clarice Falcão pode ser a Zooey Deschanel brasileira, por que o Tim Bernades não pode ser o nosso Michael Cera?

O ambiente é hostil para um show: teatro, plateia sentada e numa vibe diferente da apresentação. Como num clássico da década de 90, a galerinha parece que entrou numa furada. Porém estamos em 2013 e Tim Bernades, Guilherme “Peixe” e Victor Chaves não foram a Aposta MTV por nada e conseguem reverter a situação com muitas aventuras!

A apresentação d’O Terno começou com canções do cd de estreia e desde o inicio deu para notar certo desconforto, principalmente do Tim Bernades. Um teatro não combina com o estilo rockabilly do trio e com isso não conseguiam ter uma resposta da plateia, que por sua vez, também não conseguia dar um feedback, era nítido uma vergonha de levantar ou de se animar mesmo sentado. Eles contornaram esse problema com uma ótima sintonia da banda em tiradas rápidas para quebrar o clima, excelente levada do Victor Chaves na bateria e setlist muito bem montado. O repertório foi marcado por versões interessantes de músicas do Milton Nascimento e Vinícius de Moraes com Baden Powell, além de novas canções que devem aparecer num segundo cd.

O lado bom de ter sido no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil é a excelente acústica do ambiente. Então foi um performance para apreciar um lado introspectivo d’O Terno. Os arranjos em cada canção, os detalhes e trejeitos de cada um e como falei no inicio, são estereótipos incomum e marcantes. Isso influencia a presença de palco deles e faz o ao vivo ser bem mais interessante em cd. O Show abriu o Festival Sai da Rede,  que tem como objetivo levar ao público carioca artistas que se destacam ao fazer da internet seu principal veículo de comunicação e de interação com seus admiradores e fãs, vale a pena ficar de olho no Facebook do Festival, que ainda vão rolar: Do Amor, Silva e  Tibério Azul.

* Fotos por Vitória Ventura.

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