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Resenha: Eletronika @ Belo Horizonte 06/11/09

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Depois de um primeiro dia relativamente vazio, o público resolveu comparecer numa sexta-feira de calor em Belo Horizonte. Pelas bandas podia-se ter uma idéia do quanto aquele lugar iria ferver. E ferveu.

Garotas Suecas

Dead Lover’s Twisted Heart abriu a festa no Laboratório Eletronika, um palco lateral que não deixou a desejar. O local – Centro Cultural 104 -, com sua arquitetura rústica e bastante acolhedora, só pecou na falta de ventilação; o inferno era ali. O primeiro show da noite convidou os presentes a se aproximarem e dançarem ao seu som de folk indie-rock. A baterista Pati chamou a atenção nos vocais, e os convidados deram o toque final ao ótimo show. Faltou foi jeito de manter a atenção focada no show, já que o público maravilhoso acabou distraindo alguns espectadores. Depois foi a vez da Garotas Suecas e seu rock com pitadas de experimentalismo “a la” Mutantes hipnotizar a platéia num transe pseudo-psicodélico. Destaque para as guitarras e principalmente para a tecladista, roubando a cena mesmo.

A noite tinha tudo para ser delas. E quem pelo menos não bateu o pé ao som de Stop Play Moon que atire a primeira pedra. Já no Palco Eletronika – que possuía um telão que fazia toda a diferença -, o trio composto pela linda Geanine Marques, Paulo Bega e Ricardo Athayde, sacudiu o Centro 104 com muita sensualidade em uma música marcada por sintetizadores, guitarras distorcidas e batidas. Destaque, novamente, para a mulher da banda, que, com sua voz delicada, fez do som “cru” da banda uma experiência única.

Copacabana Club

O show mais esperado da noite para a maioria ficou por conta do grupo curitibano Copacabana Club. Mas como descrevê-los? Uma melodia marcante + sintetizadores + batidas ritmadas + o carisma da vocalista Camila Cornelsen, podem resumir. Vivenciar o show, no entanto, é complicado de descrever. Injustiçados no VMB 2009 – eu particularmente apostava na banda -, o Copacabana Club lançou “Just Do It” e esperou o resultado. Não demorou muito para a música grudar e ser o chamariz de fãs. Só ao vivo é que se consegue compreender de verdade esse resultado. Por ser uma banda bem recente, poucas pessoas conheciam as músicas, mas isso não foi motivo para deixar o público parado. Quando, então, a vocalista Camila deu a dica da próxima canção, a banda provavelmente pôde compreender o seu verdadeiro poder naquele lugar – e esse deve ser um ponto alto na carreira de um músico. Delírio. Euforia.

A noite até poderia acabar ali. Cansados e felizes após a incrível atuação do Copacabana Club, o público foi aos poucos esvaziando a casa, mas os persistentes puderam conferir um som peculiar. Minitel Rose é um trio francês que, de acordo com o myspace da banda, é composto por: Raphaël D’Hervez (é o que pode voar), Romain Lemé (é o que atira com armas a laser) e Quentin Gauvin (é o que cuida da parte musical). E é mais ou menos isso mesmo. Três caras, três sintetizadores, e um som que vai de electro, house e dance, a indie rock. Pra quem ficou, valeu a pena terminar a noite assim. Mas, de qualquer maneira, o som do Copacabana Club continuou firme e forte nas cabeças balançando e nos pezinhos batendo.

3 COMENTÁRIOS

  1. Eu fui no primeiro e segundo dia. Ambos foram ótimos. O show do Copacabana Club foi o melhor de sexta na minha opinião, mas sem desmerecer os demais que também foram ótimos. O pessoal do dead Lovers são muito gente boa, troquei ideia com eles depois do show.
    Quando chegou a vez do Minitel Rose, eu já estava muito cançado mas persisti até o final, showzão deles também.

  2. Faltou foi jeito de manter a atenção focada no show, já que o público maravilhoso acabou distraindo alguns espectadores”

    HAHAHA

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