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Resenha: Alessi's Ark – Notes From The Treehouse

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Álbum: Notes From The Treehouse

Artista: Alessi’s Ark

Selo: Virgin Records

Lançamento: Março de 2009

Myspace: www.myspace.com/alessisark

Rockometro: 8,0

Acredito que poucos já ouviram falar dessa guria. Na verdade esse é o primeiro álbum dela, já vazado e já merece alguns dizeres sobre a obra. Alessi Laurent-Marke, ou Alessi’s Ark, tem apenas 18 anos e é a nova menina prodígio de Londres. Dê só uma olhada.

O álbum abre com a doce “Magic Weather”. Que já mostra desde já a doçura da voz de Alessi, seguida por meio blues “The Horse”, que era o nome do ep que antecedeu esse lançamento. Essa belíssima música conta ainda com a participação de alguém que até agora não consegui descobrir, mas que deixou a música mais bela do que já é. “Over The Hill” é pop, com um refrão pegajoso e muita beleza. É bonito ouvi-la declamar ‘I love you’ na música, seria um single que venderia bem fácil. “Ribbon Lakes” tem a pegada folk que não poderia faltar nessa obra. Pudera, quem produziu a bolacha foi ninguém menos que Mike Mogis do Bright Eyes e gravado no estúdio dele e de Conor Oberst, em Omaha no Nebrasca. Não tinha como esperar pouco. Da doce e simples “Constellations” só podemos citar a belíssima linha de violão, com o teclado e a harpa. Sim, harpa! Não podemos esquecer a bela orquestração utilizada.

[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=_qoqmzvaSAI]Alessi’s Ark – The Horse

“The Asteroids Collide” exibe uma sonoridade de gente grande. Ao estilo cantora de R&B, a música ganha um corpo mais rock no refrão, revelando-se forte e deliciosa. Na simples “Woman”, Alessi mostra tranquilidade ao contrário de “Memory Box”, que já tem uma pegada mais folk e a ajuda de um glockenspiel, expandindo ainda mais a sonoridade da pequena. Na meio soturna mas um pouco doce “Hummingbird”, dá um tom de diminuição no ritmo do álbum, perdendo um tanto de beleza que já vem sendo desgastada desde “Woman”. “The Dog” tenta recuperar o ar pop coberto por um folk gostoso. Uma excelente música. Apesar dos 9 minutos e 15, “Glendora” vem só para enganar, é uma faixa impressionante, com um épico solo de guitarra com orquestra e termina com violão e voz doce de Alessi, bem nos moldes de Cat Power e com um bônus no fim, uma música com o nome desconhecido, encoberto no fim de “Glendora”. A música soa um tanto a Björk, com o seu apelo eletrônico, e não deixa de ser bem ao tipo de som produzido no álbum.

A guria que saiu do colégio para fazer música e cultuar seus ídolos (Jake Gyllenhaal e Rilo Kiley) descobriu um mundo além do que esperava. Seu refinado gosto para arranjos, incluindo Harpas, Glockenspiel e Orquestrações magníficas, dão um toque a mais na empreitada e ainda não podemos esquecer sua jovial voz, doce e sincera, terminando assim um casamento perfeito entre a música e sua interprete. Alessi promete a seus pais que caso não desse certo na música voltaria a estudar e seguir uma “vida normal”, acho que isso está fora de cogitação. Melhor ela ficar com seu blog mesmo…

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

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