Home Destaques Navegue no minimalismo profundo do Felipe de Vas

Navegue no minimalismo profundo do Felipe de Vas

1
Compartilhar

04

Música minimalista. É isso que o alagoano Felipe de Vas faz com suas letras extremamente poéticas. Com o EP Lampejo lançado e o single “Sem Véu Nem Vaidade” o músico caminha agora para o lançamento do seu primeiro disco, o Instinto Gravitacional, que deve sair até a metade de 2015. “Se não sair esse ano eu entro em depressão”, confessa. Enquanto o disco não sai o músico conta nas linhas abaixo o que podemos esperar do álbum e de sua música cheia de surpresas. Com vocês, Felipe de Vas:

Você já tocou em algumas bandas de rock anteriormente. Quando foi que decidiu seguir esse rumo solo e tão diferente musicalmente?

Cheguei a fazer uma mini turnê com o Dead Fish, tocando com a banda Mutação. E testemunhando o Rodrigo, vocalista do Dead Fish, eu entendi, meio que inocentemente ainda, que o sucesso verdadeiro é quando ele é reflexo do que você realmente acredita. Depois, eu percebi que o jeito mais sincero e empático que eu poderia seguir como artista seria investir meu tempo na minha carreira solo e exportar toda minha versatilidade, minha poesia, minha raiz de mpb, pop e samba junto com o soul e indie que sempre flertei de longe, ou seja, meus “médicos e monstros”.

É difícil definir sua produção musical em um só gênero. No EP Lampejo você é capaz de surpreender em apenas cinco músicas que percorrem os caminhos do indie, soul, pop, samba, MPB e no fim soa como poesia. Você acredita que essa falta de definição enriquece e deixa mais livre o teu trabalho como músico?

Sim, apesar de já ter me crucificado muito por não conseguir ter um estilo específico. Mas o público vem me deixando mais seguro quanto a isso, acho que a maioria percebeu que cada música reflete um momento e o elo de ligação é minha voz. Sinto-me mais livre sim e isso torna quem escuta tão livre quanto eu. Acho que todo artista vive para o experimento das coisas e a linha melódica é primordial para passar empatia sobre o que experimentamos, cada música pode ser um mundo completamente diferente já que experimentamos coisas demais nessa vida.

Como enxerga a música independente hoje no Brasil?

Uma efusão artística linda essa que nós vivemos. Mas quanto mais “independente” mais dependente de tudo nós somos. Acaba que ficamos dependentes demais de grandes investidores e patrocínios. Antigamente fazia-se shows para vender discos, hoje distribuem discos para vender shows… hoje tudo virou investimento pra mostrar ao vivo como se faz. Pra mim a cena independente no Brasil se resume aos que fazem, aos que se movimentam e aos que vivem, de fato, o faça e colha você mesmo. Isso gera um tsunami de coisas novas, de ideias e de mercados. A cena independente brasileira, como um todo, é o que move ideologicamente a música no país.

Em 2014 você lançou o single e clipe da música “Sem véu nem vaidade”, canção essa que vai compor o seu primeiro disco esse ano. Tem previsão de quando ele sai?

A previsão é meio do ano de 2015. Conseguimos grandes apoios de pessoas que acreditam muito nesse trabalho, não podemos passar do meio do ano.

Para onde o novo álbum está caminhando em termos de sonoridade?

Instrumentos percussivos africanos esintetizadores, uma mistura interessantíssima que será marcante no CD. Some aí poesia e ironia nas letras, some também um pouco de folk, um ukulelê, um coral e uma bateria mais experimental, some e vá somando. Mistura meio estranha né? (risos).

Haverá participações de outros músicos?

Tenho a honra de estar na mesma cidade que Wado, o convite ainda não foi feito, mas pensei em uma com a voz dele. Renata Peixoto já fez participação e espero ter participações de mais dois cantores e compositores que ainda não posso falar quais.

A partir do lançamento do disco novo você pretende tocar em outros estados para divulgar o novo trabalho?

É o que queremos e é preciso. Pensamos em sul e sudeste primeiro, depois nordeste. Possivelmente vou estar morando em São Paulo quando o CD for lançado, então facilitará para a assessoria e para a produção o translado e tudo mais.

 

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here