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GRAGOATÁ
Gragoatá

Selo Coqueiro Verde
05/05/2017
https://www.facebook.com/gragoata/

Nota

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O nome ‘Gragoatá’ carrega uma pluralidade de referências. Pode se referir a área boemia e universitária de Niterói, no Rio de Janeiro; a revista semestral dos programas de pós-graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense; ao trio formado por Rebeca Sauwen, Renato Côrtes e Fanner Horta, ou ao disco que os três lançaram recentemente.

Aqui, nos interessa falar sobre esse trio, que com cuidado, leveza e sagacidade, apresenta o homônimo disco de estreia. Gragoatá vem para comprovar todas as apostas feitas. Esses cariocas vieram para marcar a música independente brasileira com composições maduras e arranjos precisos.

No final do ano passado a banda conseguiu atingir, com louvor, sua meta no Catarse. Reflexo do alcance dos vídeos e do EP lançado ao longo da existência da banda. “Passarinho”, música que viralizou na internet, e a participação de Rebeca no reality show The Voice Brasil em 2015, permitiu que a banda ganhasse mais visibilidade.

As canções de Gragoatá foram construídas aos poucos. Com composições de Côrtes e Fanner, o disco conta a participação de outros compositores e da banda Barcamundi. Nem todas as canções que estão no disco foram compostas para esse momento mas, como a própria banda afirma, “o conjunto traduz bem o que queríamos que o som da banda representasse, tanto pra gente, quanto para as pessoas que se interessaram pela banda e nos deram força pra seguir em frente.” Conjunto esse que traz diferentes sensações, passando por variadas influências. A banda consegue abrir o leque e visitar diferentes espaços dentro da música.

As dualidades presentes nesse álbum tornam sua sonoridade ainda mais específica. Bebendo na água do Indie e passando pela Tropicália, o trio é capaz de sobrepor influências e assim, encontram um lugar próprio. Suavidade é uma característica da Gragoatá e não há dúvidas de que esse trabalho é uma luz — no sentido de ser límpido, claro e um respiro para um cenário, às vezes, muito repetitivo — que carrega uma identidade própria. A abertura do disco com “Água” já arremata, e dá o tom, do que vem pela frente. Aqui, a ordem importa, porque as músicas se amarram e crescem. Passar por “Café Forte”, o último single lançado antes do disco, é sentir a mansidão e a precisão da banda. Com uma letra delicada e intimista a voz de Rebeca se completa ao lado da guitarra que ressoa. Ao chegar em “Bloco da Alegria” não há mais volta, é preciso ir até o fim. Percorrer o disco até o baião de “Menina” e finalizar em “Serei a”, que além do título inteligente, conta com a participação da banda Facção Caipira.

A produção é assinada por Renan Carriço (Facção Caipira, Overdrive Saravá), que mixou o disco, junto com Igor Bilheri, no Estúdio Toca da Cotia (RJ). A masterização ficou por conta de Felipe Rodarte (Toca do Bandido). Com produção executiva de Lilian Kerbel e da Gragoatá. A arte da capa é de Rodrigo Toscano. O trabalho é um lançamento da gravadora Coqueiro Verde.

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